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     O Comandante do Centro de Instrução de Aviação do Exército (CIAvEx) realizou, em 31 de janeiro de 2005, a aula inaugural do Curso de Piloto de Aeronaves – CPA/2005.

AULA INAUGURAL CPA-2005

     Em suas palavras iniciais, o Cmt enfatizou a necessidade do auto aprimoramento, pois, em breve, aqueles serão os Comandantes de Bordo e os Instrutores de Vôo das Unidades Aéreas da Aviação do Exército. Sejam pois qual terra fértil: acolham as sementes do conhecimento transmitido; façam brotar rapidamente o interesse pela atividade aérea e seus assuntos correlatos e, por fim, produzam frutos como pilotos, comandantes de aeronaves ou instrutores de vôo.

     Apresentaram-se prontos para o início do curso os seguintes oficiais:
1º Ten Art Cavalieri, 1º  Ten  Inf  Marcos Silva, 1º Ten Inf Oliveira, 1º Ten Inf Silvestre, 1º  Ten Art  Vasques, 1º  Ten Cav  Figueredo, 1º  Ten Cav  Rocha, 1º  Ten Cav  Loriato, 1º  Ten Cav  Mendes, 1º Ten Eng Arnaldo, 1º Ten Eng Mueller, 1º  Ten Eng  Guimarães, 1º  Ten Eng  Appel, 1º  Ten Art Vila  Nova, 1º Ten Inf Renzo, 1º Ten Inf Pelinsari, 1º Ten Inf Firmino, 1º Ten Inf Silveira, 1º Ten Inf André Luiz, 1º Ten Inf Reis, 1º Ten Inf Barbosa.

     São  21  tenentes  procedentes  de  várias regiões do Brasil, reunidos no CIAvEx em busca de um sonho: serem pilotos de aeronaves do Exército. Para isso, terão pela frente 46 semanas de instrução, durante as quais receberão conhecimentos essenciais à sua formação.

     O curso está dividido em duas fases. A primeira, teórica, consta das disciplinas de Segurança de Vôo, Teoria de Vôo de Helicóptero, Fundamentos para o  Deslocamento  Aéreo  e  Teoria  da  Aeronave de Treinamento. A segunda, prática, consta da disciplina de Prática de Pilotagem, ocasião em que serão realizados os treinamentos em vôo.

     Serão utilizadas algumas ferramentas de ensino para otimizar o processo de ensino–aprendizagem, tais como o sistema de ensino assistido por computador (SEAC), as maquetes das aeronaves e o simulador de vôo sintético.

     Os integrantes do CIAvEx parabenizam os tenentes alunos do CPA pela vitória na fase de seleção e dão as boas vindas a todos.

      Somaremos esforços na intenção de contribuir ao máximo na transmissão dos  conhecimentos,  esperançosos  de que todos obtenham êxito no curso, conquistando, em final de missão, o tão almejado brevê da águia dourada de piloto do Exército Brasileiro.

     O Estágio de Pilotagem Tática (EPT) tem por finalidade principal habilitar o piloto do Exército Brasileiro a ocupar a função de piloto tático no cumprimento de missões de combate. Para tanto, o piloto deve ser capaz de conduzir uma aeronave em situações extremas do vôo em combate, proporcionando o máximo da segurança técnica e tática.

     O estágio possui uma carga horária de 285 horas, divididas em instruções teóricas e práticas das disciplinas curriculares. Além da base de conhecimento curricular, a pilotagem tática “exige do piloto uma combinação perfeita de perícia, arrojo, espírito de decisão e modéstia.”

     As disciplinas do estágio e respectivos objetivos são: Pilotagem Tática, com a carga horária de 179 horas, capacitando o piloto a executar a progressão em vôo tático e a condução da aeronave em condições de vôo visual noturno para um balizamento tático, com ou sem equipamento auxiliar; Maneabilidade de Fração de helicóptero, com carga horária de 13 horas, capacitando o piloto a realizar o deslocamento de uma aeronave em uma formação; Combate Aéreo, com a carga horária de 5 horas, capacitando o piloto a conhecer os fundamentos do combate ar-ar; Armamento Munição e Tiro de Helicóptero, com a carga horária de 40 horas, capacitando o piloto a conhecer e praticar o tiro com armamento orgânico da aeronave HA-1; Identificação de Sistemas de Armas, com 8 horas de carga horária, capacitando o piloto a saber identificar as principais aeronaves de asa fixa e rotativas utilizadas pelos países da América Latina e EUA; Fundamentos das Operações Aeromóveis, com a carga horária de 3 horas, capacitando o piloto a conhecer e estar em condições de participar do planejamento e execução de uma operação aeromóvel; Treinamento Físico Militar, com 20 horas de carga horária, com a finalidade de  manter  o  condicionamento  físico  necessário  ao  desempenho das suas funções. As 17 horas restantes estão distribuídas em palestras e instruções que complementarão o ensino das disciplinas citadas.

     A parte prática do estágio, o vôo em si, está dividida em 3 fases.

     A 1ª fase constitui-se das manobras básicas da pilotagem tática, num total de 9 missões de vôo. Cada missão de vôo tem a duração de 7 horas, sendo 4 horas para revisão doutrinária e planejamento da missão,1 hora para o Briefing, 1h 15 min para o vôo e 45 min para o Debriefing. Esta fase tem a finalidade de desenvolver atributos básicos (psicomotor) utilizados na pilotagem tática.

     A 2ª fase é dividida em 8 missões de vôo. Cada missão de vôo tem a duração de 7 horas, nos mesmo padrões da fase anterior, exceto o vôo em montanha e o vôo noturno. Cada missão de vôo em região de montanha tem a duração de 7 horas, sendo 3 h 30 min para revisão doutrinária e planejamento da missão, 1 hora para o Briefing, 1 h 30 min para o vôo e 1 hora para o Debriefing. Cada missão de vôo noturno tem a duração de 2 h 30 min, sendo 45 min para o Briefing, 1 h 15 min para o vôo e 30 min para o Debriefing. Nesta fase, o  piloto  vai  desenvolver as técnicas adquiridas na 1ª fase e adaptá-las aos diversos tipos de terreno (plano, montuoso e montanhoso), além de realizar um vôo visual noturno para um balizamento tático.

     Por fim, na 3ª fase, o piloto realiza o tiro com o armamento orgânico da aeronave HA-1 (metralhadora .50 e lançador de foguetes SBAT 70) e o treinamento do vôo em formação.

     O início do EPT 2005 ocorreu no dia 14 de fevereiro deste ano. Foram relacionados para o estágio 21 pilotos, sendo 1 da Marinha do Brasil, um da Força Aérea  Brasileira  e  19  do  Exército. Recentemente,  o  EPT  2005 encerrou a 1ª fase dos vôos, realizados em São Pedro D’Aldeia/RJ. No momento, os pilotos estagiários encontram-se na 2ª fase do estágio, que está sendo realizada na área de instrução de Taubaté-SP. Nesta fase, os pilotos desenvolverão as técnicas da 1ª fase adaptadas ao terreno plano, montuoso e montanhoso. Desenvolve-se também o vôo visual noturno em campanha, capacitando o piloto a conduzir uma aeronave para um balizamento tático noturno.

     Os  próximos  passos  serão  os vôos em formação e, por fim, o tiro, que será realizado no Campo de Provas da Marambaia/RJ.

     Com  a  conclusão  do  estágio, o  piloto estará capacitado a efetivamente exercer uma função dentro de uma tripulação de combate! O piloto tático estará, sempre que for necessário, apto a executar o vôo tático !!!

PELA AUDÁCIA!



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