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Editorial do Comandante
Gen BDA Francisco Carlos Modesto
A caserna em pauta
Segurança de Vôo
Aqui começa a Aviação!
Programa de Excelência Gerancial do CIAvEx!
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Gen BDA Francisco Carlos Modesto
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     1) Como Vossa Excelência recebeu sua nomeação para o Comando da Aviação do Exército?

      Com gratidão pela confiança do Comandante do Exército e com muito entusiasmo para superar os desafios desta missão e assim corresponder á confiança que me foi depositada.

     2) Quais são os principais objetivos de VExa como Comandante de Aviação do Exército?

     Os principais objetivos são o desenvolvimento da liderança em todos os níveis e o fortalecimento do espírito de equipe. Esses são os fundamentos de qualquer instituição/organização que obtém o sucesso.

     Há outros objetivos, igualmente importantes, aos quais chamo de “Objetivos de Gestão de Comando”. Entre eles destaco:

     - incutir aos aeronavegantes que a operacionalidade é o resultado da predisposição do cumprimento de missão e da prudência (segurança);

     - fazer funcionar as Assessorias do CAvEx para realizar estudos sobre o futuro da Aviação nos diversos campos (pessoal, logística, doutrina, etc..) e colher ensinamentos sobre a sua constituição;

     - dar continuidade ao desenvolvimento dos projetos “olho da águia” e vôo com óculos de visão noturna;

     - proporcionar condições para que os aeronavegantes melhorem o seu adestramento por intermédio de vôos de treinamento e de aquisição de habilitações técnicas;

     - contribuir para maior conforto nos Clubes de Oficiais e de Subtenentes e Sargentos, procurar melhorar as áreas comuns das vilas militares e a sua segurança e buscar apoio para a construção de mais PNR para diminuir as filas existentes.

     3) Por ter vivido sua vida profissional fora da Aviação do Exército, VExa poderia expressar qual imagem a Aviação do Exército goza junto aos demais segmentos da Força Terrestre?

     Uma imagem de admiração, de confiança e de respeito, pela capacitação de nossos aeronavegantes e pela flexibilidade que a Aviação proporciona ás operações militares.

     Para preservar essa imagem conquistada por aqueles que nos antecederam, pioneiros, muitos dos quais ainda entre nós, é preciso ressaltar a necessidade do espirito de prontidão e de segurança. A prontidão significa estar sempre em condições de responder, com presteza, às necessidades da Força.

     4) Com relação ao processo de transferência de Unidades de Aviação, de Taubaté para outras sedes, que metas VExa pretende atingir durante seu Comando?

      A transferencia de Batalhões de Aviação para outros Comandos Militares de Área traz vantagens como a presteza da resposta às necessidades do Comando Militar de Área que receber essa OM, e, para os militares de Aviação, mais locais onde possam a vir servir, além de Taubaté, Brasília e Manaus.

    No entanto, essas transferências têm que ser realizadas com muito cuidado, para que a descentralização excessiva, em face da precariedade de recursos financeiros, não venha a dificultar a capacidade de apoio da Aviação à força.

     É bom que tenhamos sempre em mente que uma transferência não implica apenas em transferir os helicópteros e construir-se ou adaptar-se instalações transformando-as em hangares. Isso não é difícil, basta ter recursos financeiros.

    A preocupação maior é com as atividades de pessoal e de manutenção. No tocante ao pessoal é preciso formar e investir em cursos para que adquiram habilitações técnicas para “sobreviverem isoladamente” e isso demanda tempo. Em relação à manutenção, é preciso ter ferramental para realização das inspeções/manutenções. Devido à dificuldade de pessoal, ferramental ou material, de pouco adiantará a transferência.

     Portanto, pelo que pode ser constatado de alguns aspectos levantados, a transferência de OM está muito acima do desejo ou meta do Cmt Av Ex, em face da complexibilidade e do montante de recursos envolvidos, acredito que deva ser uma meta do Exército ou até do Ministério da Defesa, para atender aos objetivos estratégicos do País.

     5) Qual a visão da Força Terrestre e, também, de VExa com relação à criação da “Arma de Aviação”?

      Um dos objetivos ao recriar-se a Aviação do Exército, além do ganho em operacionalidade, foi a possibilidade de que o aproveitamento de oficiais de Infantaria, Cavalaria, Artilharia e Engenharia e de Intendência, Material Bélico e Comunicações, como pilotos e especialistas, respectivamente, viesse a contribuir para uma maior interação entre a Aviação e as OM apoiadas.

     Essa interação foi conquistada e tem sido mantida. Dessa forma, a Aviação é uma especialidade, que tem como grande beneficio o conhecimento e as características das armas, quadro e serviço.

     Considero que isso é o ideal e deve ser mantido, pois a criação da Arma de Aviação poderá levar a que “ela” passe a se considerar como um fim a si mesma, inviabilizando totalmente uma das principais razões para que fosse criada: servir, cada vez mais, a despeito das necessidades de formação, sem perder a interação com as outras armas.

     6) Diante da política de pessoal da Aviação do Exército, que requer a permanência de seus quadros a serviço da Aviação por um longo período, face à dificuldade de especialização dos mesmos, o que VExa pensa a respeito da movimentação de seus militares mais especializados para outras Organizações que não de Aviação, em particular para as Escolas?

     Pelos estudos existentes, o militar, especialmente o oficial, mais sujeito à transferencia, deverá permanecer ligado à Aviação por cerca de 14 anos, para compensar os investimentos que o Exército realizou no militar e porque só com muita experiência se tornará um piloto/especialista mais qualificado.

     Assim, considerando o aspecto administrativo, a otimização dos recursos e a operacionalidade, sou a favor da permanência do militar na atividade e contrário à ida para OM não Aviação. Quanto às Escolas, em determinadas funções, considero que o militar, embora afastado da atividade aérea, propriamente dita, continua sendo um difusor da doutrina e técnica de aviação, podendo ser aproveitados.

     7) Em decorrência dos sucessivos cortes que o orçamento das Forças Armadas vem sofrendo, como VExa visualiza o futuro da Aviação do Exército a médio e longo prazos?
      A curto e médio prazos, temos que nos esforçar para manter o máximo de disponibilidade – pessoal e material – para responder às necessidades da Força e isso já será uma grande meta a ser atingida.

     PELA AUDÁCIA!



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