Por Cap Art ARTHUR Jefferson Farias de Luna, relator do CPC
Conforme publicado na Portaria no 101 - EME, de 10 de novembro de 1999, o Curso de Piloto de Combate (CPC) tem por objetivo habilitar oficiais à ocupação de cargos e ao desempenho de funções ligadas ao planejamento e à execução de missões de combate da Aviação do Exército (Av Ex) e ao comando de frações, até o nível subunidade aérea. Seguindo essa diretriz, o CIAvEx reserva, anualmente, 12 semanas de instrução para a realização do CPC. O curso se destina aos capitães e tenentes possuidores do Estágio de Pilotagem Tática (EPT - ver vídeo abaixo, realizado por um dos oficiais-alunos, Ten Inf CAMARGO).
No ano de 2015, foram inscritos 19 oficiais do Exército Brasileiro e um oficial da Marinha do Brasil, que efetuaram com aproveitamento todos os módulos de instrução previstos.
No decorrer do curso, o aluno aprende a realizar a Navegação Tática, a Maneabilidade da Fração de Helicópteros, o abastecimento em campanha, o Emprego Tático da Aviação do Exército e o planejamento e execução de Operações Aeromóveis, além de missões de combate, apoio ao combate e apoio logístico. Junto à pesada carga teórica de cerca de 200 horas/aula, foi realizado o Estágio Teórico de Voo com Óculos de Visão Noturna (OVN).
Vencida a teoria, os alunos travaram o primeiro contato prático com o planejamento e emprego de aeronaves em situação de combate convencional na Operação Vale do Paraíba, realizando ataques, reconhecimentos e incursões. Esse período de treinamento foi enriquecido pelo trabalho conjunto com a Divisão de Doutrina e Padronização (DDP), que realizou testes, visando o aprimoramento do emprego da fração de helicópteros, contando com a cooperação da Seção do Radar SABER do 2o Grupo de Artilharia Antiaérea e da Companhia de Comunicações da Av Ex.
Caracterizando um avanço operacional e educacional, pela primeira vez no CPC foi realizado o emprego do OVN em operação. No dia 23 de junho, o OVN foi empregado em uma incursão aeromóvel no setor sul de Taubaté (SP), próximo à cidade de Lagoinha (SP), com o apoio de duas das mais modernas aeronaves EC225M Jaguar (HM-4) e de dois Fennec Av Ex (aeronaves modernizadas) - evento que, sem dúvidas, representa um marco para o CIAvEx.
A prática nos mostra, no entanto, que as coisas não são tão simples assim.
Os OVN possuem duas funções extremamente importantes para o seu funcionamento: o Controle Automático de Brilho (ABC - sigla em inglês) e a de Proteção Contra Iluminação Intensa (PMC - sigla em ingês).
Coroando o curso, foi realizada uma operação de apoio a órgãos governamentais, denominada Operação Olympós, com foco na preparação dos alunos para missões de apoio a grandes eventos. A Operação Olympós foi realizada na cidade de Itu (SP), no quartel do 2o Grupo de Artilharia de Campanha Leve, onde os alunos, sob intensa carga de trabalho, planejaram e executaram missões diurnas e noturnas (com emprego do OVN), tais como escoltas de comboio, apoio a operações contra-terror, transporte de feridos e incursão de tropa em área urbana, em um quadro tático simulado de Olimpíadas.
Durante as 12 semanas do curso, foram consumidas aproximadamente 500 horas de voo e, além dos HA-1 do CIAvEx, foram voadas as aeronaves HM-1, HM-3 e HM-4 das outras Organizações Militares Aéreas da Aviação do Exército. ♣
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Por Thomas E. Ricks, em janeiro de 2010