OS DESAFIOS DO CIAvEx Todas instituições enfrentam muitos desafios em sua existência. Os estabelecimentos de ensino militares não são exceção. Basta que nos lembremos da Modernização do Ensino. A própria dinâmica da educação militar é um constante desafio. Some a isso a complexidade da operação de aeronaves e seu emprego militar poderemos aquilatar a dimensão da missão do Centro de Instrução de Aviação do Exército (CIAvEx). Mas, ao completarmos 20 anos, qual é nosso desafio? Temos um ou muitos? Qual seria o desafio do CIAvEx? Hoje, vemos no horizonte próximo, um antigo sonho deste Estabelecimento de Ensino (EE) sendo realizado – a construção do novo hangar. Por muito tempo, utilizamos instalações compartilhadas com as unidades coirmãs. Já dispomos de instalações à altura do padrão de excelência que se espera da Escola de Aviação Militar, mas ainda consideradas temporárias. Muito ainda deverá ser feito para que o novo e moderno hangar seja definitivamente incorporado a nossa Escola. Temos que planejar as seções e divisões que ocuparão o prédio e mobiliá-las, com pessoal e material. Devemos, também, verificar a necessidade de efetivo para as novas instalações e detalhar muitas outras coisas que certamente nos escapam. Será esse o desafio do CIAvEx? No ano de 2011, o Comando de Aviação do Exército (CAvEx) determinou que a Escola de Aviação Militar fosse a responsável pelo acompanhamento do Projeto de Modernização do Esquilo. A Divisão de Doutrina e Padronização iniciou os trabalhos que, agora, começam a ganhar volume e intensidade. Assessorar o Comando na escolha dos instrumentos e rádios é uma das diferentes tarefas. Verificar a melhor distribuição, ergonômica e funcional, do painel é outra atividade complexa que vai requerer estudo e pesquisa. Auxiliar o CAvEx na definição do destino inicial e final dessas aeronaves modernizadas, de maneira coordenada, com a definição de um cronograma real e factível, para que a formação dos novos pilotos não seja prejudicada, não é tarefa mais fácil. Pode ser esse o nosso desafio? Pode ser que o nosso desafio seja adequar a infraestrutura atual para os novos cursos que estão por ser implantados. O Projeto de Modernização do CIAvEx, referente ao Off Set do Projeto HX-Br, nos lança inúmeros questionamentos, principalmente à Seção de Manutenção de Aeronaves (SMA). Perguntas como o que ensinar, quais os meios auxiliares vamos usar, qual a metodologia de ensino, que tipo de simuladores necessitamos podem ser ouvidas nos corredores da nossa Escola de Aviação. Alguns poderiam afirmar que esse seria nosso desafio. Estarão certos? A possibilidade de outras Qualificações Militares (QM), diferentes da Aviação, realizarem cursos, implicará a reestruturação da área física do Centro e o reestudo dos Planos de Disciplinas atualmente em vigor. Foram propostas mudanças nos cursos de BRP e MAA. Foram encaminhadas ao escalão superior portarias de (re)criação dos cursos de TASA, de Mecânico básico de Anv, dentre outras mudanças. A Seção de Emprego Geral, Busca e Salvamento (SEB), dentre outras, terá papel fundamental nesse processo. Todas essas mudanças são desafiadoras. Mas é esse, então, o desafio de que estamos falando? Ao mesmo tempo, após 20 anos de uso, pensamos o aumento e aperfeiçoamento das instalações existentes. Um auditório renovado e dotado de equipamentos de última geração, novos alojamentos, mais salas de aula requerem coordenação entre as diferentes equipes que, sinergicamente, trabalham no Centro, ao mesmo tempo que exigem da Divisão Administrativa (DAD) um esforço redobrado de planejamento e prospecção. Para muitos, esse pode ser o desafio. Quem sabe? Alguns podem acreditar que a construção do Centro de Simulação, com suas especificidades estruturais, é o desafio a ser vencido. Talvez tenham razão, pois deve ser pensada, desde já, a aplicação do Simulador do Helicóptero Esquilo e Fennec (SHEFE) no Curso de Piloto de Aeronave (CPA) por meio de um trabalho combinado da Seção de Emprego e Pilotagem (SEP) e Divisão de Informática (D Infor). Os exércitos mais modernos vem reduzindo paulatinamente a utilização do voo real no helicóptero pelo voo nos simuladores. Precisamos, com urgência, preparar nossos pilotos para ministrar instrução de voo em simuladores “full motion”. Em que fase ou fases do CPA, seria aplicável a instrução de voo? Como avaliar? Quantas missões de voo? Essas missões substituiriam totalmente, na proporção de um voo no simulador para um voo no helicóptero? Pela simples quantidade de questionamentos, o desafio pode ser esse. Estará correto? Por fim, um desafio grande se apresenta diante de todos. A entrada da Av Ex na era digital. A modernização do HM-1, Pantera, o recebimento do EC 725 gera uma série de novos conhecimentos indispensáveis às novas tripulações. A inclusão da Av Ex na era digital, aliada ao PROFORÇA, tudo isso com a mudança do ensino por objetivos para o ensino por competências nos obriga a repensar paradigmas firmente estabelecidos. Este deve ser o desafio do CIAvEx. Será? O Centro vem recebendo pedidos de diversos órgãos de segurança pública para a formação de pilotos e mecânicos. Esses pedidos nos enchem de orgulho, pois revelam o enorme prestígio que a Escola de Aviação Militar possui no âmbito da Aviação de Helicópteros do Brasil. O prestígio e o reconhecimento é fruto do trabalho de todos os militares que servem e já serviram nessa tradicional Unidade Aérea da nossa AvEx. A qualidade do trabalho de vocês, integrantes do Centro de Instrução de Aviação do Exército, é que possibilitou tudo isso. Por essa razão que, ao levantarmos as atividades a serem desenvolvidas para viabilizar todas as mudanças necessárias, podemos afiançar que elas serão cumpridas com qualidade. Portanto, o nosso desafio não está contido nessas tarefas, mas na dedicação e no afinco com que elas serão cumpridas, pois recebemos um imenso legado e agora cabe a nós entregarmos o CIAvEx pronto para receber outros desafios mais. PELA AUDÁCIA!!!! |
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