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Editorial do Comandante do CIAvEx!
Divisão de Doutrina e Padronização!
Divisão de Ensino!
Esquadrilha de Alunos!
Seção de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos!
Seção de Relações Públicas!
1º Seção do CIAvEx!
Base de Aviação de Taubaté!
 
 
Desenvolvida pela Seção de Ensino Assistido por Computador!
 
A NOVA ESTRUTURA DO COMANDO DA AERONÁUTICA

O COMANDANTE DA AERONÁUTICA, de conformidade com o previsto na Estrutura Regimental do Comando da Aeronáutica, aprovou em 26 de agosto de 2004, a edição de dois manuais, alterando o emprego da Força Aérea.
      A Força Aérea Brasileira (FAB), desde os primórdios de sua existência, tem buscado o aprimoramento operacional, tendo estabelecido, para este fim, a Doutrina Básica pela qual se norteia.
     Sintonizado com os objetivos da Doutrina Básica e acatando sugestões dos Comandos-Gerais e Departamentos, o Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), ao atualizar a presente Diretriz, imprimiu as alterações necessárias, incluindo, modificando e suprimindo capítulos e textos.

 

   

Clique na imagem para ampliá-la!                                  CONCLUSÃO DO CPA-2006
     No dia 16 de dezembro, o CIAvEx comemorou a formação de mais uma turma de pilotos. Durante 46 semanas de intensas atividades, os oficiais alunos enfrentaram obstáculos e desafios inéditos em suas carreiras. Foram cumpridas 1800 horas de instruções teóricas e práticas, cerca de 900 missões de vôo e outras atividades que possibilitaram a completa formação afetiva, psicomotora e cognitiva do piloto militar.
     A primeira fase do curso foi marcada por um período de instruções teóricas com o objetivo de ambientar o aluno à atividade aérea, prepará-lo intelectualmente e desenvolver os atributos da área afetiva fundamentais ao futuro piloto. Foram abordadas as seguintes disciplinas:
CPA - 2006

segurança de vôo, medicina de aviação, psicologia de aviação, busca e salvamento,aerodinâmica,  comunicações e eletrônica,  instrumentos de bordo,motores a reação, meteorologia, tráfego aéreo, navegação aérea, teoria de vôo visual, teoria de vôo por instrumentos, manutenção e suprimento, sistemas da aeronave e manual do operador da aeronave. Após serem submetidos a rigorosas avaliações formativas e somativas, os alunos do Curso de Piloto de Aeronaves (CPA) foram considerados aptos a iniciarem a fase prática de vôo.
     No segundo semestre, durante a fase prática, os alunos foram submetidos a inúmeros desafios na busca do desenvolvimento psicomotor para o domínio da máquina, sendo coroada pelo tão sonhado vôo solo. A fase foi dividida em 3 módulos: manobras básicas e de emergência, manobras de emprego geral, e navegação visual – sendo este último módulo considerado o projeto interdisciplinar do curso, pois abrangeu os conhecimentos teóricos e práticos ministrados ao longo de todo o período. No mesmo período, foi desenvolvida, em caráter experimental, a avaliação do helicóptero Schweiser como aeronave de instrução.
     Ressaltam-se ainda as diversas atividades desenvolvidas ao longo do período – visitas, palestras e treinamentos – que tiveram por finalidade aumentar a gama de conhecimentos e permitir aos futuros pilotos da Av Ex uma maior interatividade e capacidade operativa. São exemplos destas atividades: as visitas realizadas no Centro Tecnológico Aeroespacial e EMBRAER – São José dos Campos/SP, Empresa HELIBRÁS – Itajubá/MG, Museu Aeroespacial – Rio de Janeiro/RJ, Base Aeronaval da Marinha do Brasil (BAeNSPA) – São Pedro d’Aldeia/RJ e 4º BAvEx – Manaus/AM; as palestras do COTER, DMAvEx e das Unidades da Av Ex; e os treinamentos no Núcleo do Instituto Fisiológico da Aeronáutica sediado na Base dos Afonsos – Rio de Janeiro/RJ e de Escape de Aeronave Submersa no Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval sediado na BAeNSPA – São Pedro d’Aldeia/RJ.
     No dia 30 de janeiro, os jovens e esperançosos alunos do CPA decolavam na busca do sonho de dominar a arte de voar, após a difícil jornada, pousaram em nossas Unidades 18 novos pilotos militares.     

Pela Audácia!
(Cap Art Luiz Marcelo Chan Fock de Oliveira – Relator do CPA)
 
Clique na imagem para ampliá-la!        INFORMAÇÕES DOS CURSOS E ESTÁGIOS (SMA)
     Após a “decolagem" do CIAvEx ocorrida em 30 de janeiro de 2006 com o início do Estágio de Adaptação Pedagógica, a Seção de Manutenção de Aeronaves (SMA) iniciou suas atividades em prol da formação, especialização e aperfeiçoamento das Praças e especialização dos Oficiais nos diferentes cursos e estágios sob sua responsabilidade.
     No último trimestre, foram encerrados os seguintes cursos e estágios: Curso de Gerência de Manutenção de Aeronaves (GMN), Gerência de Manutenção de Aviônicos (GMA), Curso de Especialização em Mecânico de Aeronaves (MAE) e Curso de Mecânico de Aviônicos (MVN) em 11 de outubro; Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos Aviação Manutenção (CAS/Av Mnt) em 23 de outubro; Estágio de Teoria do Helicóptero de Manutenção 3 (THM 3) em 27 de outubro e Curso de Formação de Sargentos Aviação Manutenção (CFS/Av Mnt) em 1º de dezembro.
Maquete para instrução
     Cabe destacar que também foram realizados no período o Estágio de Habilitação de Instrutores da aeronave HM-2 (Black Hawk), conduzido pelo Maj Lurembergue e Cap Franklin e o Estágio de Inglês Básico para o Corpo Permanente do CIAvEx conduzida pela Cap Cristini Brunácio.
     É mister ressaltar que tais missões não seriam bem cumpridas se não fosse o empenho, a dedicação, o sentimento de cumprimento do dever, a motivação e a responsabilidade de cada membro da SMA dentro da sua esfera de atribuições em detrimento das dificuldades encontradas. Certamente não serão menores os desafios no ano de 2007, mas a determinação em oferecer a melhor formação, a melhor especialização e o melhor aperfeiçoamento ao seu corpo discente será cada vez maior em benefício de nosso principal cliente: a Aviação do Exército.
PELA AUDÁCIA!
(Cap MB Edalmo Cesar Correa – Relator Especialização)
 
Clique na imagem para ampliá-la!       INFORMAÇÕES DOS CURSOS E ESTÁGIOS (SEB)
     O Curso de Combate à Incêndio, Resgate e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (BRP) tem por finalidade principal, habilitar o Sargento de Aviação Apoio à ocupação de cargos e ao desempenho de funções ligadas à segurança de aeródromos, prevenção de acidentes e resgate de tripulações acidentadas nos diversos escalões da Aviação do Exército. Para tanto, o sargento BRP deve ser capaz de conduzir uma equipe de salvamento em situações extremas de paz ou de combate, atuando em qualquer terreno e proporcionando o máximo de segurança e tranqüilidade às tripulações.
     O curso possui uma carga horária de 1000 horas, divididas em instruções teóricas e práticas das disciplinas curriculares, incluindo: operações de zona de pouso de helicóptero, operações de busca e salvamento, operações especiais, segurança de vôo, combate à incêndio e treinamento físico militar com 140 horas.

Sobrevivência no mar

Na parte prática do curso são desenvolvidas as seguintes atividades:
     ANATOMIA - com o apoio do Departamento de Anatomia da Universidade de Taubaté e do Instituto Médico Legal de Guarulhos, são desenvolvidas atividades relacionadas à anatomia humana, neurologia e miologia, além de verificar sinais de acidentes com animais peçonhentos e de queimaduras;
     ZONAS DE POUSO DE HELICÓPTERO – são desenvolvidas atividades em Lins-SP, em conjunto com o Curso de Piloto de Combate e em Taubaté, Caçapava e Tremembé através de instruções práticas;
     ANIMAIS PEÇONHENTOS – com o apoio do Instituto Butantã em São Paulo, é ministrado um estágio sobre reconhecimento de animais peçonhentos e os primeiros socorros para as vítimas;
     ORIENTAÇÃO – várias pistas de orientação são montadas em Taubaté-SP, Caçapava-SP, Lins-SP e Tremembé-SP.
     COMBATE À INCÊNDIO – É realizado um estágio prático na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia – RJ;
     PATRULHAS DE RESGATE – atividade desenvolvida continuamente em Tremembé-SP e Caçapava-SP;
     MERGULHO – são ministradas mais de 160 horas práticas destas atividades nas cidades de Jacareí-SP, Paraitinga-SP e Ubatuba-SP.
     TÉCNICAS AEROMÓVEIS – atividades desempenhadas continuamente em várias atividades conjuntas;
     SOBREVIVÊNCIA – os alunos realizam sobrevivência na selva e no mar nas cidades de São Luís do Paraitinga-SP e Ubatuba-SP.
     Concluíram o curso BRP/2006, com aproveitamento, os seguintes militares: Sgt REATEGUI, Sgt JOÃO PAULO, Sgt KLEBER, Sgt MOREIRA  e Sgt WELLINGTON.
     Os integrantes do CIAvEx parabenizam os sargentos alunos do curso BRP pela vitória. Somaremos esforços na intenção de contribuir ao máximo na transmissão dos conhecimentos, esperançosos de que todos obtenham êxito em suas novas funções.
     

“PARA QUE OUTROS POSSAM VIVER”
(1° Ten Int Marcus Vinicius Gomes Pereira – Adj SEB)
CURSO DE GERÊNCIA ADMINISTRATIVA DE AVIAÇÃO DO EXÉRCITO

     O Curso de Gerência Administrativa de Aviação do Exército (GAM) teve a duração de 28 semanas, totalizando 1120 horas de instrução. Em uma 1ª fase, com o apoio de CDs interativos, os alunos tiveram instruções sobre teoria de vôo do helicóptero, sistemas das aeronaves e sobre equipamentos e materiais utilizados nas aeronaves HA-1 (Esquilo) e HM-1 (Pantera). Tiveram também instruções de gerência de manutenção e suprimento.
     Já em uma segunda fase, os alunos aprofundaram os conhecimentos de gerência de suprimento, o funcionamento de um almoxarifado de Aviação, as licitações e contratos de materiais de Aviação, o trabalho em um Depósito Alfandegado e o transporte de cargas em aeronaves. Tiveram como atividades práticas a execução de cargas externas e o funcionamento de um posto de ressuprimento avançado. Realizaram visitas de instrução ao Centro Tecnológico da Aeronáutica em São José dos Campos-SP, à Helibrás em Itajubá-MG, à Líder Aviação em Belo Horizonte-MG, às Unidades Aéreas de Taubaté, ao 4º BAvEx em Manaus-AM, à VARIGLOG em São Paulo-SP, à Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia – RJ e ao Centro de Instrução Pára-quedista no Rio de Janeiro-RJ.
     O término do curso se deu no dia 11 de outubro de 2006, com uma formatura seguida de uma confraternização entre os concludentes. Agora os formandos estão habilitados a exercer funções de gerenciamento administrativo de aviação.

(1° Ten Int Marcus Vinicius Gomes Pereira – Adj SEB)
ESTÁGIO DE OPERAÇÕES AEROMÓVEIS - OAM/SAM
Clique na imagem para ampliá-la!      O Centro de Instrução de Aviação do Exército recebeu, em 16 de outubro do ano de 2006, 22 militares para o Estágio de Operações Aeromóveis 02/2006. Durante duas semanas os estagiários receberam instruções sobre o emprego das aeronaves em operações e técnicas aeromóveis.
     Na Seção de Emprego Combinado - SEB, responsável pela coordenação do estágio, os militares participaram de atividades práticas de carga externa e interna, zona de pouso de helicóptero, balizamento tático noturno, procedimentos de segurança, desova aquática, “rappel”, “Mc Guire”, abastecimento de aeronave, incursão e aprestamento aeromóvel. Tiveram instruções teóricas sobre a confecção de um pedido de missão aérea, segurança de vôo e sobre emprego tático da Aviação do Exército.
     Em 26 de outubro, os estagiários visitaram o 6º Batalhão de Infantaria Leve, em Caçapava-SP, onde verificaram o emprego de uma tropa aeromóvel e tiveram instruções sobre o aprestamento aeromóvel.
Estagiários realizando a técnica
do “rappel”

     Este estágio ganhou grande importância, pois difundiu os conhecimentos do emprego desta terceira dimensão para todas as regiões do país, pois há estagiários oriundos de todos os comandos militares, principalmente da 12ª Brigada de Infantaria Leve. Hoje a combinação helicópteros e infantaria leve é muito utilizada. Os EUA usaram tropas aerotransportadas em conflitos como Granada, Panamá, Golfo, Somália, Bósnia e Afeganistão. No mundo atual, que se seguiu à Guerra Fria, pequenos, mas violentos conflitos podem surgir praticamente em qualquer parte e, para as forças de intervenção rápida, os helicópteros representam um fator importante. Nesse contexto, a velocidade com que as forças aerotransportadas devem ser deslocadas exige o adequado emprego de meios aéreos e, por isso, as forças armadas mais modernas mantêm grandes formações em condição de utilização imediata e adestram seus militares para o emprego deste meio.
     A aeromobilidade garante ao comando a possibilidade de intervenção oportuna em qualquer fase do combate. Seu uso adequado se faz com adestramento e troca de conhecimentos, por isto a existência do estágio que torna possível o estreitamento entre força de helicópteros e força de superfície.

Pela Audácia!
(1° Ten Int Marcus Vinicius Gomes Pereira – Adj SEB)
 
A PILOTAGEM NO COMBATE AÉREO

     O combate aéreo entre helicópteros é a combinação de fogo e movimento, caracterizado por incessantes evoluções pontuadas de breves passes de tiro. Essas evoluções têm por objetivo atingir a posição mais vantajosa de tiro e neutralizar as reações do adversário durante o engajamento. O tiro com armamento tenso exige igualmente a pilotagem do aparelho para obter e preservar a linha de visada sobre o alvo. A pilotagem reveste-se, então, de uma importância capital, para um tipo de combate onde a mobilidade do aparelho condiciona o sucesso do tiro.
     As evoluções devem satisfazer às exigências do combate: velocidade elevada para dispor de uma grande capacidade de manobra, curvas de grande inclinação para encurtar as evoluções e utilizar rapidamente o armamento e rápidas variações de altura para controlar o adversário e escapar de seus golpes. A curva cerrada e a grande velocidade em ascensão são típicas do combate aéreo. A técnica de pilotagem deve utilizar as possibilidades de vôo da aeronave e exigir a máxima precisão na ação sobre os comandos.
     O domínio do vôo é limitado pelas normas técnicas ou estruturais da aeronave. Se a amplitude das ações aos comandos pode estar limitada por parâmetros precisos (indicação de inclinação nos diversos planos, potência, "climb", etc), em contrapartida, suas qualidades de execução (Ex "progressivamente") são dificilmente quantificáveis. Eles não podem ser avaliados senão por um instrutor de alto nível técnico. O estudo do domínio de vôo necessita do conhecimento de pontos particulares de mecânica de vôo e aerodinâmica. O fator carga é um fenômeno físico provocado pelas forças inerciais devidas às acelerações do aparelho nos planos vertical e horizontal. Ele limita principalmente a manobrabilidade do helicóptero, ou seja, sua capacidade de executar curvas fechadas num espaço restrito. Em vôo retilíneo, a força desenvolvida pela potência aplicada ao rotor se decompõe na força de sustentação (FS) que anula o peso real do aparelho (P) e na força de translação (FT) que se opõe ao arrasto da fuselagem.

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     Em vôo curvilíneo (ou de “cabrada”, “picada” e recuperação) o helicóptero é submetido a uma nova força, a força centrífuga (FC) que, perpendicular ao vetor da velocidade da aeronave, tende a retirar o helicóptero de sua trajetória.
     A FC = (m.v2/r)será mais importante quando:
     - O raio da curva for pequeno (curva fechada)
     - O peso do aparelho (P) e sobretudo a velocidade (v) forem elevado
     O peso aparente (PA) é a força resultante da combinação da força centrífuga e do peso real e é oposta à força normal (FN). Por convenção, o fator de carga (g) será a razão entre o peso aparente e o peso real e pode ser positivo, negativo ou nulo:  g = P.A/P
     Em uma curva com inclinação lateral de 60o o fator de carga será: g=2.


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          Os limites do fator de carga são fixados pelo construtor. As cargas (g) deverão ser sempre positivas.
O fator de carga será nulo quando o peso aparente é nulo. Neste caso, a força centrífuga é igual ao peso real. O piloto tem uma sensação de ausência de peso.
     O fator de carga será negativo quando os efeitos da força centrífuga forem superiores àqueles do peso. O peso aparente passa a ser superior e oposto ao peso real. O piloto tem a sensação de ser atirado em direção ao alto.Um fator de carga negativo ou nulo provoca um mal escoamento dos circuitos de lubrificação e dos circuitos de combustível. Causa ainda esforços mecânicos inadmissíveis para o rotor (inversão do efeito cone).
     Ao contrário, um fator de carga superior ao autorizado (positivo) provoca um efeito de saturação dos servo comandos que se traduzem por transparência dos comandos:
- Um movimento do cíclico para trás e à direita
- Um movimento do coletivo para baixo.
     Este endurecimento dos comandos correspondente a uma auto proteção do helicóptero. Deve ser considerado pelo piloto como um alerta que deverá imediata e simultaneamente ceder o coletivo e diminuir a inclinação ("bank"). Tal providência será suficiente para que o fenômeno desapareça.
     Portanto, o vôo de combate aéreo com helicóptero está longe de ser um vôo acrobático. É sim, um vôo de extrema perícia onde o piloto utiliza os limites do desempenho da aeronave combinado com o seu poder de fogo para fazer face aos ataques aéreos inimigos.

 

 


Pela Audácia!






(Cap Art KLEBER LYRA LEAL – Adjunto da Seção de Emprego e Pilotagem)
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