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Histórico

“É certo que nossa missão não se limita à preparação de recursos humanos. O Centro de Instrução de Aviação do Exército também desempenha importante papel na atualização desses recursos, no desenvolvimento de novas técnicas e táticas aplicáveis à Aviação do Exército, além de atuar como braço padronizador do Comando de Aviação do Exército nesse mesmo domínio”.

Assim, o então Comandante do CIAvEx, Coronel José Carlos Braga de Avellar, dirigindo-se aos seus subordinados no aniversário da unidade no ano de 2005, definiu a missão desse Estabelecimento de Ensino, portão de entrada para todos os especialistas da AvEx. Nos primórdios das atividades aéreas, todavia, não havia uma instituição congênere. Os primeiros aviadores, como o Tenente Juventino Fernandes da Fonseca e o Capitão Ricardo Kirk, precisaram realizar a sua especialização no exterior.

Para preencher essa lacuna, em 13 de janeiro de 1913, foi acertada com o Ministério da Guerra a criação da “Escola Brasileira de Aviação”. A Escola começou a funcionar em 02 de fevereiro de 1914, mas teve duração efêmera, encerrando suas atividades em junho do mesmo ano devido a dificuldades conjunturais, como a eclosão da Primeira Guerra Mundial.

Comprovada a eficiência da arma aérea na Guerra Ítalo-Turca de 1911 e 1912, o primeiro emprego do avião em operações militares no Brasil ocorreu no início de 1915 durante a Campanha do Contestado, sob o comando do general Setembrino de Carvalho, tendo como piloto o Capitão Ricardo Kirk. 

O emprego de aeronaves em operações de combate durante a Primeira Guerra Mundial confirmou a aviação como fator determinante nos campos de batalha. Antes de encerrado o conflito, o governo brasileiro já providenciava a organização da Escola de Aviação Militar. A Escola foi inaugurada em julho de 1919, com a orientação técnica da Missão Militar Francesa, funcionando no Campo dos Afonsos.

A Escola de Aviação Militar ganhou grande impulso com a criação da Arma de Aviação em janeiro de 1927, recebendo grande quantidade de aviões novos. Não dispondo de unidades militares de aviação, o Exército empregou a escola como força de combate nas Revoluções de 1922, 1924 e 1930.Em janeiro de 1941, foi criado o Ministério da Aeronáutica e, em março do mesmo ano, foram extintas a Escola de Aeronáutica do Exército (denominação da Escola de Aviação Militar a partir de dezembro de 1940) e a Escola de Aviação Naval, sendo criadas a Escola de Aeronáutica, no Campo dos Afonsos, e a Escola de Especialistas da Aeronáutica, na Ponta do Galeão, antiga Escola de Aviação Naval.

 

 

 

 

 

 

 

Encerrava-se uma fase da aviação no Exército, mas não a vontade de voar. As experiências colhidas nos conflitos bélicos desencadeados a partir da Segunda Grande Guerra apontaram para a necessidade da força militar terrestre dominar e utilizar a faixa inferior do espaço aéreo, buscando a mobilidade tática, a flexibilidade e a consequente multiplicação do poder de combate.

Com o desenvolvimento da tecnologia do helicóptero, a sua produção em massa e o aperfeiçoamento da doutrina, surgiu a possibilidade de formação de unidades aeromóveis. Acompanhando a evolução de outros exércitos e buscando a modernização e a sua adequação ao novo cenário mundial, o Exército Brasileiro decidiu criar a sua aviação.

“A aviação de asas rotativas era uma aspiração antiga, mas era quase um sonho” declarou o General de Exército Leônidas Pires Gonçalves. Como Ministro do Exército, ele determinou a criação de uma comissão para estudar a implantação da Aviação do Exército em setembro de 1985. Com o parecer positivo, em dezembro do mesmo ano, ele criou a Comissão de Implantação da Aviação do Exército.

Durante a fase de estudos, destacou-se a importância dos recursos humanos. No início de 1986, antes da criação da AvEx, começou a formação dos primeiros aeronavegantes na Marinha do Brasil (MB) e na Força Aérea Brasileira (FAB).

As primeiras atividades de ensino em Taubaté foram realizadas no 1º Batalhão de Aviação do Exército, com o objetivo de adaptar os aeronavegantes aos equipamentos adquiridos pela Força.

O primeiro Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos (CAS) foi realizado pela Base de Aviação de Taubaté.

O Núcleo do Centro de Instrução de Aviação do Exército iniciou suas atividades em janeiro de 1991, sob a coordenação do Coronel Luiz Cláudio Del Rio Chagas do Nascimento. Oficialmente, o CIAvEx foi criado em 26 de setembro de 1991 e ativado em 1º de janeiro de 1992, sendo o seu primeiro comandante o Coronel Luiz Cláudio.A Escola teve que verificar as necessidades da Aviação para criar seus cursos. Pesquisar que conhecimentos deveriam ter os aeronavegantes para organizar os currículos. Testar e divulgar as técnicas individuais e coletivas que iriam permitir o emprego operacional de frações de helicópteros.

Para inserir o adestramento dos novos especialistas nas normas estabelecidas pelo Sistema de Ensino do Exército, a equipe do Centro foi capaz de, em curtíssimo espaço de tempo, estabelecer os objetivos, currículos, planilhas, fichas de avaliação, exercícios no terreno e notas de aula. E tudo isso acontecia ao mesmo tempo em que instruções teóricas e práticas teóricas e práticas eram ministradas. Simultaneamente, as instalações da unidade estavam sendo construídas. Em certas áreas não havia conhecimento consolidado, por isso a fase era de “aprender fazendo” e testando. Como exemplo, para testar o Curso de Piloto de Combate (CPC) foram realizados estágios, e no final do curso não houve avaliação, porque os instrutores também foram matriculados como alunos.

Nos primeiros anos, alguns cursos ainda funcionavam na MB e na FAB. Isso permitiu que, em três anos, fossem realizados cinco CPC. Aos poucos, o CIAvEx foi absorvendo todos os cursos.

No final do ano de 1991, o Centro participou da Operação Pico da Neblina, manobra da Brigada de Aviação do Exército na região amazônica.

Encerrando o ano de 1992, o Centro voltou àquela região para participar da Operação Perro Loco. Ainda nesse ano, a AvEx recebeu os novos helicópteros Fennec. Mais modernos e com mais equipamentos, foram distribuídos para as unidades aéreas. A partir de 1993, os Esquilos do primeiro lote foram entregues ao CIAvEx para serem utilizados na instrução.

Nos primeiros anos, alguns cursos ainda funcionavam na MB e na FAB. Isso permitiu que, em três anos, fossem realizados cinco CPC. Aos poucos, o CIAvEx foi absorvendo todos os cursos.

No final do ano de 1991, o Centro participou da Operação Pico da Neblina, manobra da Brigada de Aviação do Exército na região amazônica. Encerrando o ano de 1992, o Centro voltou àquela região para participar da Operação Perro Loco. Ainda nesse ano, a AvEx recebeu os novos helicópteros Fennec. Mais modernos e com mais equipamentos, foram distribuídos para as unidades aéreas. A partir de 1993, os Esquilos do primeiro lote foram entregues ao CIAvEx para serem utilizados na instrução.

O Curso de Formação de Sargentos (CFS) de Aviação foi criado em setembro de 1993. Com isso, o CIAvEx tornou-se o único centro de instrução da Força Terrestre a atuar nas três modalidades de ensino: formação, especialização e aperfeiçoamento. A primeira turma concluiu o curso em novembro de 1995. A partir de 1999, o curso passou a ser realizado integralmente no CIAvEx. Com a mudança da legislação, desde 2006, o período básico do CFS é realizado no 12º Grupo de Artilharia de Campanha, em Jundiaí.

O ano de 1994 é marcante na história. Comandava o Coronel Pedro Paulo Molinaro Zacharias. O Centro recebeu seu primeiro reconhecimento internacional. Foi realizado o curso de instrutores de turbina Arriel, ministrado pela TURBOMECA, ficando o CIAvEx homologado como Escola TURBOMECA, a primeira do continente americano. O ano encerrou com a concessão da denominação histórica “ESCOLA DE AVIAÇÃO MILITAR” e o respectivo estandarte histórico.

Em 1995, foi realizado o primeiro Curso de Piloto de Aeronaves (CPA) completo na unidade. Ainda no mesmo ano, frequentaram o CPC um oficial da Marinha e um oficial da Força Aérea. Era a retribuição às forças co-irmãs a todo apoio e dedicação prestados ao Exército na fase inicial da implantação da AvEx. Foram armados dois Esquilos do Centro para permitir a formação de novos atiradores e apoiar os cursos. Compete ao CIAvEx a complexa tarefa de preparar recursos humanos e qualificá-los para operar com equipamentos de tecnologia de ponta, pois como o Coronel Avellar definiu “O Aviador do Exército caracteriza-se pelo bom senso, pela segurança, pelo profundo conhecimento de sua profissão e pela convicção de que apenas a preservação de nossos profissionais e de nossas máquinas pode garantir o cumprimento de nossa missão”.

 

 

 

 

 

 

 

Com o intuito de proporcionar um ensino moderno, em 1995 teve início o projeto de Ensino Assistido por Computador. O Coronel Eduardo Cunha da Cunha, em seu comando, de 1997 a janeiro de 2000, criou condições para a informatização da unidade e procedeu a modernização dos currículos e planos de disciplinas para que o CIAvEx reafirmasse sua vocação de escola de ponta, voltada para o futuro e cada dia mais empenhada em melhor formar e especializar os integrantes da Aviação, como afirmou no sexto aniversário da escola. No ano de 2000, no comando do Coronel Laerte de Sousa Santos, o CIAvEx recebeu outro reconhecimento internacional, sendo homologado escola EUROCOPTER.

O simulador de voo foi desenvolvido pelo interesse, dedicação e trabalho voluntário dos militares do Centro desde 2002. No final deste ano, foi inaugurada a primeira instalação com comandos simples e três projetores. Com o passar dos anos, o projeto foi sendo aperfeiçoado e novas tecnologias incorporadas. Em 2005, foi realizada a primeira instrução de Crew Resources Management (CRM) utilizando o simulador.

Idealizado e desenvolvido durante o comando do Coronel Luiz Fernando Estorilho Baganha, o Centro de Simulação foi concluído e inaugurado no comando do Coronel Fábio Benvenutti Castro em 2008. No final do ano, foram entregues cinco cabines réplicas da aeronave Esquilo. Em 2009, foi ministrada instrução para o CPC em ambiente simulado. Esse ano encerrou com a marca de 1134,70 horas voadas. O Centro de Simulação também ministra instrução das fases básica e avançada do Estágio de Voo por Instrumentos. Com a incorporação de novos equipamentos, como os helicópteros Black Hawk e Cougar, o CIAvEx implantou, no comando do Coronel Baganha estágios para capacitar o pessoal nesses aparelhos. Da mesma forma, se prepara para ministrar cursos para o EC 725.

O voo com óculos de visão noturna (OVN) já era objeto de estudos, mas a atividade começou a tomar impulso com os pilotos que fizeram o curso do Black Hawk na fábrica e adquiriram a habilitação. No ano de 2003, dois desses pilotos foram classificados no CIAvEx. Em junho de 2003, o Coronel Avellar determinou a criação da Comissão de Implantação de Operações com Óculos de Visão Noturna. No mesmo ano, foi concluída a maquete, mais uma vez devido ao interesse, esforço e dedicação de militares da unidade. Em 2005, foi concluído o prédio e recebida a primeira aeronave equipada para o voo com OVN. Devido a problemas técnicos, o primeiro estágio só ocorreu em 2007 e no mesmo ano foi feita a primeira campanha de tiro com OVN.

O Coronel Luiz Cláudio, primeiro comandante do CIAvEx, forjou o lema da escola: ‘Per Audaciam Ad Protectionem’, pela audácia obtém-se a proteção. Pela rapidez e pelo esforço exigido para a implantação do EE, seu lema poderia ser; “Não existe vitória sem sacrifício, não existe progresso sem força de vontade”, como ele próprio afirmou aos seus comandados em agosto de 1992. Da Escola de Aviação Militar, saíram heróis que lutaram pela modernização do Brasil e levaram a nossa bandeira aos céus da Itália na defesa da Democracia. Herdeiro de suas tradições, o Centro de Instrução de Aviação do Exército prepara a “Mão Amiga”, que socorre a população nas calamidades, e adestra o “Braço Forte”, que está pronto para lutar pela defesa da integridade e da soberania do Brasil.

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