PALAVRAS DE DESPEDIDA
Se nos últimos três anos procurei conjugar com o “nós”, particularmente nos momentos de realizações e de alegrias, não abro mão da primeira pessoa do singular, posto que a mim cabe, neste momento, submeter o período em que estive à testa da “Escola de Aviação Militar” ao julgamento de nossa Instituição. Espero ter correspondido às expectativas do Exército, que me confiou os destinos do Centro de Instrução de Aviação do Exército, unidade ímpar da Força Terrestre.
Fui nomeado pelo então comandante do Exército, Gen Gleuber, para o comando desta Escola, no final de 2002. Após um período de dois anos, fui reconduzido pelo atual Cmt, General Albuquerque, para mais um período de um ano. Reconheço o crédito de confiança, em mim depositado, ao qual procurei responder com dedicação e entusiasmo.
Esta missão foi um sonho longamente acalentado. Daqueles que um jovem capitão imagina ser algo quase impossível, inatingível. Que apenas por uma complexa conjunção de fatores aleatórios poderia acontecer. Com a maturidade, aprendemos que isso não é uma verdade absoluta . Tornou-se realidade!
O CIAvEx não era uma novidade para mim. A diferença entre minha experiência pregressa, nesta Escola, e a atual era o ponto de vista. Diferença que tornava a missão uma enorme responsabilidade: tratava-se, agora, de conduzir a tarefa que, bastante resumidamente, consiste em prover os recursos humanos para a Aviação do Exército, seja na área de pilotagem, em suas vertentes técnicas e táticas, seja nas áreas de manutenção ou de apoio ao vôo, realizando cursos de formação, especialização, extensão e aperfeiçoamento. A atividade de Aviação do Exército é absolutamente singular. Se é verdade que o Exército e sua Aviação preparam-se constantemente para o combate, é também verdade que a rotina da Aviação do Exército é permeada pelo perigo, na paz e na guerra. Nossa obrigação é envidar nossos melhores esforços para reduzir o perigo a zero. Entretanto, sempre conviveremos com ele. Torna-se, portanto, desnecessário destacar a importância e a sensibilidade da tarefa de preparar nossos quadros, estratégica para a Aviação do Exército e para a operacionalidade da Força Terrestre.
Nesses três anos, mais de 700 alunos passaram por esta Escola. Mais de 10000 horas foram voadas, mais de 500 grandes intervenções de manutenção, mais de 6000 lançamentos em Plano Diário de vôo e mais de 10.000 pré, inter e pós vôos foram realizados. Dias de semana, sábados, domingos ou feriados, vi mecânicos preparando helicópteros para o vôo, no nascer do sol, e os mesmos recolhendo-os na madrugada do dia seguinte.
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